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11/06/2025

Especialistas debatem nova ordem econômica e desafios tributários no Acelera Espírito Santo

Os impactos da nova ordem econômica global sobre a logística e o comércio exterior brasileiro e a reforma tributária foram tema de um dos painéis do Acelera Espírito Santo, realizado em São Paulo. O debate contou com a participação de Roberto Giannetti da Fonseca, presidente do LIDE Comércio Exterior, e Leonardo Miguel Severini, presidente da Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores (Abad). O jornalista Abdo Filho foi o mediador do debate.

Durante sua participação, o economista e especialista em comércio exterior Roberto Giannetti da Fonseca destacou a importância da reforma tributária como um passo essencial para modernizar a economia brasileira. Segundo ele, a atual estrutura tributária não é das melhores, e a reforma tem o mérito de buscar simplicidade, neutralidade e modicidade.

Com 50 anos de atuação no comércio exterior, Giannetti também comentou os desafios do cenário internacional, a partir do "tarifaço" de Donald Trump e do conflito comercial entre Estados Unidos e China, que levou à queda de até 30% nas exportações desses países em poucas semanas. Ele avaliou que, nesse tipo de disputa, todos perdem e reforçou a necessidade de bons gestores públicos para enfrentar tempos instáveis, elogiando o governador Renato Casagrande como exemplo de liderança eficiente.

“Nenhum país consegue crescer de forma sustentável sem um comércio exterior forte, com abertura consistente para exportações e importações. O Brasil tem a oportunidade de recuperar seu dinamismo, pois possui grande capacidade produtiva, recursos minerais abundantes e tecnologia. O Espírito Santo tem um papel relevante nesse processo, com uma vocação logística clara — talvez uma das mais expressivas do país.”

O presidente da Abad, Leonardo Miguel Severini, também destacou o protagonismo do Espírito Santo nos setores atacadista, distribuidor e de comércio exterior e enfatizou a importância de uma gestão pública transparente e eficiente para continuidade operacional, mesmo com os desafios impostos pela reforma tributária.

“Temos que avaliar as possibilidades que podem surgir a partir de 2032, com a extinção dos benefícios, e seguir exemplos de Dubai e Xangai, que reinventaram suas economias. Esse encontro é um importante passo de promoção do Espírito Santo e a fala do governador Renato Casagrande, de união e reconstrução, traduz muito bem o que precisa ser feito”.

Durante o debate, Severini levantou a preocupação com medidas ainda abertas dentro da reforma tributária e que impactam diretamente o segmento, como os custos de frete, e da importância da transformação digital para a competitividade brasileira.