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19/04/2016

Sincades realiza Painel Econômico sobre perspectivas para 2016

O Sindicato do Comércio Atacadista e Distribuidor do Espírito Santo (Sincades) apresentou, no dia 19 de abril, no auditório do Palácio do Café, em Vitória, o “Diagnóstico do setor atacadista e de distribuição do Espírito Santo”, um retrato de aspectos macroeconômicos do setor e suas expectativas futuras em relação à economia. A apresentação foi feita durante o Painel Econômico, que contou com a participação da secretária de Estado da Fazenda, Ana Paula Vescovi, e do professor da FGV, Samuel Pessoa.

 

O presidente do Sincades, Idalberto Luiz Moro, ressaltou a posição de termômetro da economia do segmento atacadista e distribuidor. “Somos nós que vamos até as indústrias e ao campo e buscamos aquilo que vai chegar às gôndolas do comércio. Somos, portanto, um termômetro da economia. A nossa atividade representa fielmente o que está acontecendo com o nosso País. Temos a consciência que as perspectivas não são as melhores, mas temos o poder de trabalhar para fazer este País melhor. E não será diferente”, descreve.

 

A secretária do Estado da Fazenda, Ana Paula Vescovi, participou do Painel e abordou as estratégias do Governo do Estado para contornar a situação econômica do estado e tentar melhorar as perspectivas para os capixabas.

 

Em seguida, o professor da FGV/RJ e doutor em Economia, Samuel Pessoa, colocou em debate as perspectivas econômicas e políticas do Brasil. Para Pessoa, no caso de um governo de Michel Temer, ele deverá ter uma fase de lua-de-mel com a sociedade e com o Congresso e deverá aproveitar este momento para implementar medidas necessárias à melhoria da economia. “Porém, são necessárias mudanças estruturais. Caso contrário, o Brasil poderá viver uma situação econômica parecida com a enfrentada na década de 1980”, alertou.

 

Pesquisa


O Diagnóstico apresentado durante o Painel foi o resultado de uma pesquisa realizada entre os dias 11 e 22 de março, com diretores e gerentes de 150 empresas. Os impactos da crise ficaram claros nos dados. No primeiro trimestre deste ano, 51,7% das empresas do setor precisaram demitir funcionários. Com isso, foram extintos cerca de 3,6 mil postos de trabalhos.

 

Para lidar com a crise, em 2016, 65,6% das empresas reduziram custos fixos, e 67,5% deixaram de investir. No total, o setor já deixou de investir cerca de R$ 765,3 milhões. Por outro lado, 24,5% dos entrevistados afirmaram que pretendem realizar algum investimento em 2016. No entanto, destes, uma em cada duas empresas só o fará no segundo semestre do ano. Mas também há notícias boas. Cerca de 30% das empresas afirmam que pretendem contratar este ano, apesar do cenário.