“Incentivos fiscais são fundamentais para atrair mais empresas e ampliar investimento em inovação”, diz Casagrande
Os incentivos fiscais para as empresas do setor atacadista e distribuidor são uma realidade que deve ser mantida para os próximos anos e governos. Esta é a opinião do governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, que acrescenta que os benefícios, prorrogados até 2032, são essenciais para a manutenção e atração de novos investimentos para o Estado, para aumentar a competitividade das empresas e, ainda, são importantes pois propiciam o uso dos investimentos em inovação, sustentabilidade e qualificação profissional.
“O setor atacadista e distribuidor é
essencial para manter a circulação de mercadorias, pois facilita a chegada de
produtos a pontos de venda em áreas mais remotas, o que dinamiza o comércio
local e assegura um fluxo contínuo de mercadorias”, ressaltou.
Leia na íntegra a entrevista com o
governador do Estado, Renato Casagrande:
Sincades
– Qual é a importância do setor atacadista e distribuidor para a economia do
Espírito Santo?
Renato
Casagrande – O setor atacadista e distribuidor é de extrema importância para a
economia do Espírito Santo, uma vez que é responsável por garantir a
distribuição de produtos para um vasto número de empresas varejistas em todo o
Estado e em outras regiões. Este setor é essencial para manter a circulação de
mercadorias, pois facilita a chegada de produtos a pontos de venda em áreas
mais remotas, o que dinamiza o comércio local e assegura um fluxo contínuo de
mercadorias. Além disso, esta cadeia de distribuição contribui para o aumento
de empregos no Estado, o que promove o desenvolvimento econômico e social da
região.
– Na
sua avaliação, como o Sincades contribui para a relação entre os empresários e
o Estado?
– O
Sincades é fundamental para o diálogo entre os setores, moldando a relação
entre empresários e Estado. Além disso, o Sincades tem importante papel no
suporte aos seus associados, capacitando e contribuindo para o fortalecimento e
competitividade do setor. O Sincades tem um papel essencial também na definição
e no fortalecimento dos mercados em diferentes setores, contribuindo para o
desenvolvimento econômico e social do Espírito Santo.
– Qual
é a importância da prorrogação dos incentivos fiscais para a manutenção e
atração de novos investimentos para o setor e para o Estado?
– A
prorrogação dos incentivos fiscais é realmente um marco necessário para a
manutenção e atração de novos investimentos por diversos motivos. Primeiro,
incentivos fiscais podem ajudar a reduzir os custos de produção e aumentar a
competitividade de uma empresa em relação a outras do mercado. Isso pode ser
especialmente importante em setores altamente concorridos, onde pequenos
valores nos custos podem fazer uma grande diferença no sucesso ou fracasso de
uma empresa.
Além
disso, os incentivos fiscais podem ajudar a atrair novos investimentos,
incentivando empresas a estabelecer suas operações em uma determinada região.
No Espírito Santo, temos um apoio ao desenvolvimento regional, dando incentivos
diferenciados. Desta forma, podemos ter um aumento na oferta de empregos e no
desenvolvimento econômico regional, o que pode ter um efeito cascata positivo.
– O
segmento atacadista e distribuidor é um dos que mais arrecada tributos. Só de
ICMS em 2021, foram R$ 2,4 bilhões, além dos 55 mil empregos diretos e
indiretos criados e os mais de R$ 120 milhões investidos no Funcitec nos
últimos quatro anos. Por outro lado, temos 1.663 empresas no Compete-ES, que
potencializa a competitividade das empresas instaladas no Estado. Como avalia a
parceria entre o governo do Estado e o setor atacadista e distribuidor?
– A
política pública tributária destinada ao setor atacadista é uma prova clara de
que é possível alinhar interesse público com interesse privado e obter
resultados positivos para toda a sociedade. Os incentivos fiscais concedidos
pelo Estado do Espírito Santo têm sido fundamentais para atrair novas empresas,
ampliar o investimento em inovação, sustentabilidade e qualificação
profissional, além de adensar a cadeia produtiva e gerar empregos e renda.
Diante
disso, é importante que a política de incentivos seja mantida e aprimorada,
para que o setor atacadista do Espírito Santo possa continuar se desenvolvendo
de forma sustentável e competitiva, contribuindo para o desenvolvimento
econômico do Estado e para o bem-estar da população.
–
Quais são as ações em andamento para o desenvolvimento do setor atacadista e
distribuidor e para a logística do Espírito Santo?
– O
Compete modalidade Atacadista, ao longo desses anos, tem realizado diversas
contribuições para a economia capixaba, como a ampliação da infraestrutura
logística, dos centros de distribuição, o que, por via de consequência, gera
emprego e renda para os capixabas.
Por isso, o governo do Estado tem trabalhado incansavelmente para o aprimoramento dos canais de distribuição de mercadoria para o Brasil e para o mundo, seja a partir da prospecção ativa de novos investimentos, no relacionamento institucional com os representantes dos setores para consolidação de cargas, além de políticas ainda mais estruturantes como o apoio na implementação, ampliação e modernização de nossos complexos portuários, e concluindo com êxito a primeira privatização portuária do Brasil da VPort (antiga Codesa).