Cenário político e econômico brasileiro é tema de evento promovido pelo Sincades e Rede Gazeta
Na manhã da última sexta (12), o Sincades promoveu, em corealização com a Rede Gazeta, o evento “Diálogos sobre Desenvolvimento e Competitividade”, no Vitória Grand Hall.
O evento contou com participação da jornalista da Rede Globo, Andréia Sadi, que apresentou a palestra “Cenário político brasileiro em 2019”; do diretor de Finanças da ArcelorMittal, Paulo Wanick; do ex-presidente do Banco Central, Gustavo Loyola, com um painel sobre Economia; e do governador Renato Casagrande, que também fez um balanço dos 100 dias de seu governo.
Articulação é fundamental
Em sua fala, a jornalista Andréia Sadi também fez um balanço dos 100 dias do presidente Jair Bolsonaro e comentou sobre o cenário político brasileiro atual.
“Não adianta discutir Reforma da Previdência, sem discutir informação e o gerenciamento dela. O grande erro do governo até agora foi não ter percebido o quanto a articulação política é importante. O presidente precisa chamar os parlamentares, ouvir o que eles tem a dizer e entender melhor as suas demandas – e isso não apenas por conta da Reforma, mas pra tudo”, opinou a jornalista.
Já Paulo Wanick, diretor de Finanças da ArcellorMIttal, voltou sua fala mais para o empresariado e a transformação digital no Brasil:“vivemos em um mundo de tecnologia e os empresários devem estar atentos para não perder as oportunidades que isso traz”.
“Não é o momento de abaixar os juros”, diz Loyola
Em seguida, o ex-presidente do Banco Central, Gustavo Loyola falou sobre o momento econômico vivido pelo país atualmente. Além do destaque também dado à Reforma da Previdência, o economista comentou sobre as suas perspectivas quanto à taxa de juros do Banco Central.
“Acredito que o Banco Central deve manter os juros onde ele está. São muitas as incertezas políticas e econômicas, não é o momento de abaixar os juros.”, destacou.
Ainda em seu painel, Loyola também deu o seu parecer quanto à Reforma Tributária: “O ideal seria que tivéssemos uma Reforma Tributária realmente de acordo com os seus impostos. Hoje, o custo para as empresas atenderem as suas demandas é muito alto”.
Competitividade do Estado
Por fim, quem também subiu ao palco do auditório do Vitória Grand Hall foi o governador do Estado, Renato Casagrande. Ele comentou sobre as palestras realizadas durante a manhã. “Saio daqui mais convencido do que o caminho que estamos seguindo é o caminho correto. Temos necessidade de avançar. O Estado sempre teve nota máxima na Gestão Fiscal e vamos entregá-lo com esta mesma nota máxima”.
O governador fez, ainda, um balanço dos seus 100 dias no governo e traçou um panorama sobre a competitividade do Espírito Santo e do Brasil.
“O que nos impede de sermos mais competitivos? Quais são nossos gargalos? São três: infraestrutura, educação/inovação e segurança pública. O governo federal precisa ter uma melhor agenda de infraestrutura”, concluiu Casagrande.